Cremes e esfoliantes industriais são proibidos nos Estados Unidos
O procurador-geral de Nova York encomendou um estudo que estimou que cerca de 19 toneladas dessas microesferas são descarregadas todos os anos no fluxo de águas residuais daquele Estado.
Essas microesferas flutuam na água e não são neutralizadas pelas estações de tratamento. Elas absorvem poluentes químicos e contaminam a cadeia alimentar se forem ingeridas por animais e até humanos.
Por isso, alguns fabricantes começaram a substituir as bolinhas plásticas por esfoliantes naturais, como açúcar, aveia, argila e pó de café. Marcas como a Unilever e a L’Oreal, já se posicionaram publicamente contra o uso das microesferas e prometeram eliminá-las de seus produtos no mundo todo.
No Brasil, contudo, os produtos que usam as bolinhas de plástico ainda estão liberados. A mobilização da sociedade civil para a proibição ainda é tímida, com alguns abaixo-assinados pedindo o fim do uso das microesferas.
A Associação Brasileira de Cosmetologia já sugere o uso de esfoliantes biodegradáveis ou naturais. Ainda assim, muitas marcas seguem usando microesferas plásticas em produtos de higiene pessoal. Uma iniciativa da fundação holandesa Plastic Soup fiscaliza marcas de cosméticos no mundo todo e lista os produtos que usam as bolinhas plásticas. A campanha “Beat the microbead” (“Acabe com a microesfera”, em tradução livre) disponibiliza em português uma lista de marcas e produtos brasileiros que, em fevereiro de 2016, ainda usavam bolinhas plásticas na composição. O site também mostra, em uma linha do tempo, o que mudou no uso de bolinhas plásticas em cosméticos desde o início da campanha, em 2012.
Fonte – Nexo Jornal
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